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Resultante do pós punk, no final dos anos setenta, a sonoridade da banda incorpora o rock direto e espontâneo 🔑 de características urbanas, produzindo também um som mais acústico e hard rock com alguma influência dos Doors. Bem sucedidos comercialmente no 🔑 início da década de 1980, venderam mais de 100 mil discos premiando o single "Cavalos de Corrida" (1980) – canção 🔑 génese do rock português – e o álbum À Flor da Pele (1981), que ocuparam a primeira posição da tabela 🔑 de vendas. Após um período conturbado na formação conseguiram superar a crise do rock português, nos meados dos anos 80, introduzindo 🔑 influências do rock alternativo no álbum Noites Negras de Azul (1988). No álbum Comédia Humana (1991) contornaram ligeiramente a sonoridade inicial 🔑 para depois voltarem a estabelecer o rock convencional com Santa Loucura (1993) e 69 Stereo (1996), discos que obtiveram bom 🔑 volume de vendas. Atentos à realidade política e social do país, os UHF são o rosto do rock de intervenção em 🔑 Portugal. Com influência de José Afonso, assumem uma posição ativa em relação a temas sensíveis na vida das pessoas, como é 🔑 o caso das canções "Sarajevo", "Porquê (português)" ou "Vernáculo (para um homem comum)" que se tornou um manifesto antipolítico. As bem-sucedidas 🔑 digressões "Porquê em Portugal" e "UHF 35 anos – A Minha Geração" em 2010 e 2013, respectivamente, foram marcadas com 🔑 palavras de ordem contra a desordem governativa do país. A intrépida atitude independente, assumida desde o início de carreira e perturbando 🔑 determinado jornalismo musical, favoreceu por alguns anos uma menor exposição mediática na banda.[carece de fontes] A formação dos UHF sofreu alterações 🔑 ao longo dos anos, tendo estabilizado a partir de 2001. António Manuel Ribeiro, compositor maioritário das canções, é o único membro 🔑 fundador residente. Além de cantor e músico é também escritor e autor irregular de várias crónicas para rádios e jornais. Fundou o 🔑 movimento de poesia-rock em Portugal tornando-se num dos melhores criativos. Lançou três álbuns a solo, e dois de formato mais reduzido, 🔑 que contaram com a participação de antigos e atuais músicos dos UHF, entre outros convidados. Em julho de 2017 atingiram 1 🔑 700 concertos em Portugal e no mundo, venderam mais de 1,5 milhão de discos, entre eles, álbuns, extended plays, singles 🔑 e cassetes, e lançaram quinze álbuns de estúdio. Estão representados em mais de 100 compilações com outros artistas incluindo nos Estados 🔑 Unidos e Brasil. Receberam onze discos de prata, sete de ouro, três de platina e vários prémios e condecorações. Até ao ano 🔑 de 2015 totalizaram 240 participações em concertos de beneficência social e de apoio a causas filantrópicas incluindo, por exemplo, a 🔑 Associação Abraço e Assistência Médica Internacional. Formação e primeiros anos (1977–1979) [ editar | editar código-fonte ] Almada, terra natal dos membros 🔑 fundadores dos UHF. Em 1976, enquanto o emergente estilo musical punk rock cativava Inglaterra e os Estados Unidos, Portugal procurava ajustar-se 🔑 à liberdade recém conquistada com a revolução de Abril. O rock era visto pelos jovens como um movimento de contracultura, uma 🔑 fuga aos princípios ditatoriais do regime salazarista. O rock era sinónimo de liberdade, uma linguagem musical sem ligação ao passado. [2] Os 🔑 UHF foram dos primeiros a saciar uma imensa sede de rock nessa nova realidade social e política do pós 25 🔑 de abril. António Manuel Ribeiro (voz e guitarra), Carlos Peres (baixo), Alfredo Antunes (bateria) e um guitarrista brasileiro formaram em 1976, 🔑 em Almada, uma banda de covers chamada Purple Legion que atuava no circuito de bailes, que era o panorama musical 🔑 da época, pois o rock que se fazia pelo mundo era pouco divulgado tanto pela imprensa como pela rádio. No final 🔑 de 1977, Alfredo abandonou o grupo e o baterista Américo Manuel juntou-se a Carlos Peres e a António M. Ribeiro para 🔑 iniciarem as composições de autor. Com a entrada do guitarrista Renato Gomes alteraram o nome da banda para À Flor da 🔑 Pele e depois para UHF. De certa forma os Purple Legion funcionaram como embrião dos UHF, pois foi aí que o 🔑 futuro se começou a desenhar. [3][4] O vocalista explica como encontrou o nome para a banda: [ 5 ] 'À Flor da 🔑 Pele' era um nome demasiado grande, psicadélico e desprovido do sentido dos tempos imediatos que se viviam na música (... ) 🔑 De regresso a casa, quando o cabo da televisão a preto e branco voltou a falhar e eu fui dar 🔑 o toque mágico, parei na fração de segundo que faz nascer a ideia quando fixei as duas entradas na traseira 🔑 do aparelho: VHF e UHF. As dificuldades daquela época eram tremendas, pois não havia salas nem existia um circuito de espetáculos 🔑 em que os grupos se pudessem mostrar. O país estava a acordar de uma enorme apatia social asfixiado por anos de 🔑 isolamento e o rock era encarado como brincadeira para rapazes em tempo de liceu, que rapidamente se diluía com a 🔑 chamada para a incorporação na tropa. [6][7] Mas o espírito empreendedor dos UHF era tal que, perante a dificuldade em encontrar 🔑 locais para tocarem em Almada, organizaram uma série de eventos num local perto do rio Tejo chamado Canecão no sentido 🔑 de dinamizar a zona e com muitas bandas convidadas.[3] "Éramos vulgarmente corridos de uma sala emprestada por boa vontade ao fim 🔑 de meia dúzia de ensaios por fazermos barulho, porque os cabelos eram compridos, falávamos alto e ríamos muito (... ) Não 🔑 tínhamos um adufe ou uma viola burguesa para encantar as elites (... ) E esse era um perigoso desvio ideológico, maltratando 🔑 as conjecturas do borrão dos cigarros, uma afronta à cultura popular obrigacionista. " [ 8 ] – Os UHF falam da 🔑 dificuldade para arranjar uma sala de ensaios, em 1978. No início de novembro de 1978 realizaram o primeiro concerto no Bar 🔑 É, em Lisboa, fazendo a primeira parte dos Faíscas. Nesse concerto convidaram Vitor Macaco – um operário da Lisnave com pinta 🔑 para dar espetáculo – para assumir a vocalização, mas estaria pouco tempo na banda.António M. Ribeiro ocupava apenas a guitarra rítmica 🔑 e coros e só depois viria a assumir o papel de vocalista. Na plateia, o mediático radialista António Sérgio, espetador atento, 🔑 confessava-se entusiasta do som underground dos UHF. O segundo concerto aconteceu na discoteca Brown's, em Lisboa, no dia 18 de novembro 🔑 de 1978, na primeira parte dos Aqui d'el-Rock. Esta é a data oficial de aniversário considerada pelos UHF porque foi o 🔑 primeiro concerto com António M. Ribeiro na voz principal. Foi uma atuação pragmática, como recordou mais tarde: "Não sei se foi da 🔑 timidez ou da falta de ensaio de som, mas tocámos tão alto e tão rápido e berrei tanto que abafámos 🔑 as palmas logo com uma nova canção". Os membros da banda viviam em Almada e as suas deslocações à capital estavam 🔑 limitadas aos horários do transporte que fazia a travessia do rio Tejo. Para não perderem o último cacilheiro no regresso a 🔑 casa, impunha-se a rápida saída depois dos concertos, ficando conhecidos como "Os gajos de Almada que chegam, tocam e desaparecem".[9] No 🔑 dia 3 de junho de 1979 fizeram a estreia em grandes eventos, naquele que foi o décimo primeiro concerto da 🔑 banda, com a participação no "Festival Antinuclear – Pelo Sol", realizado no Parque Eduardo VII, onde tocaram nomes como Rão 🔑 Kyao, Pedro Barroso, Vitorino, Fausto, Trovante, Minas & Armadilhas, entre outros,[10] A 6 e 7 de agosto os UHF tocaram 🔑 em Vila Viçosa com mais um guitarrista, Alfredo Pereira, que deixara os Aqui d'el-Rock em busca de um projeto mais 🔑 consistente, mas a jogo de bacará passagem foi breve. Participaram também os Minas & Armadilhas – que causaram uma afronta às convicções locais 🔑 – e os promissores Xutos & Pontapés (ex-Beijinhos e Parabéns), ainda sem projeção mediática, pois apesar de darem vários concertos 🔑 só conseguiriam o primeiro registo fonográfico em 1982.[11][12] Na primavera de 1979 foram convidados a gravar na pequena editora Metro-Som, à 🔑 semelhança do que acontecera com os Aqui d'el-Rock. Sem contrato assinado lançaram em outubro desse ano o extended play Jorge Morreu, 🔑 um disco de intervenção composto por três faixas que não obteve sucesso comercial, uma vez que a editora não promovia 🔑 as suas bandas tanto na rádio como na imprensa. Descontentes com a situação contactaram a multinacional PolyGram mas o rumo da 🔑 editora, na altura, ainda não passava pelo rock nacional. [13] Em 1979 já percorriam Portugal de norte a sul e conseguiram 🔑 o feito inédito de uma digressão nacional completa, consolidando a jogo de bacará reputação. [14] Foram uma das poucas bandas nacionais escolhidas para 🔑 fazer a primeira parte de artistas de renome internacional, caso dos Dr. Feelgood com dois concertos consecutivos a 18 e 19 🔑 de setembro no Dramático de Cascais,[15] e de Elvis Costello, com os Attractions, nos dias 15 no pavilhão Infante de 🔑 Sagres, no Porto, e 17 e 18 de dezembro no pavilhão de Os Belenenses, em Lisboa. [16] Os UHF adquiriram junto 🔑 da imprensa o estatuto de 'banda ao vivo', mas passavam despercebidos aos responsáveis das grandes editoras pois estes não saíam 🔑 dos seus gabinetes para se inteirarem dos concertos de rua. A linguagem escrita do rock em português, direta e espontânea, chegava 🔑 pela primeira vez a todos os lugares de Portugal. Os músicos atrevidos de Almada começavam a fazer a radiografia real da 🔑 vida dos jovens urbanos, falando dos fluxos migratórios, marginalidade, prostituição, drogas duras e do trabalho árduo na Lisnave. Corporizavam a vivência 🔑 do 'estar à margem' e alguma ortodoxia rock inspirada nos Doors e em Lou Reed.[17] Sucesso e o boom do rock 🔑 português (1980–1982) [ editar | editar código-fonte ] No início de 1980, Xutos & Pontapés, GNR, Heróis do Mar, IODO, Street 🔑 Kids, António Variações, entre outros, foram lançados nos concertos dos UHF. [18] Com o desaparecimento dos Aqui d'el-Rock, Minas & Armadilhas 🔑 e dos Faíscas (depois Corpo Diplomático), foram os UHF que passaram a dirigir o motor do rock nacional. Cognominados de 'Locomotiva 🔑 de Almada', impulsionaram o nascimento de novas bandas.[19]rock português. Uma "pedrada no charco" na língua inglesa. A canção fala da vida brutal 🔑 das pessoas de todos os dias. [ 20 ] [ 21 ] Primeiro grande sucesso doportuguês. Uma "pedrada no charco" na língua 🔑 inglesa. A canção fala da vida brutal das pessoas de todos os dias. Problemas para escutar este arquivo? Veja a ajuda. Primeiro logotipo 🔑 da banda, em 1980. Após uma primeira tentativa falhada com a EMI–Valentim de Carvalho, em janeiro de 1980, a banda voltou 🔑 pouco meses depois a apresentar a mesma maqueta do tema "Cavalos de Corrida", entrando também na disputa a editora Vadeca; 🔑 "Comigo este single vai vender no mínimo 50 mil", foram as palavras certeiras (como se confirmou mais tarde) do diretor 🔑 Ilídio Viana. Desconfiados, os UHF decidiram optar pela EMI e celebraram contrato de cinco anos, no início da primavera. [22] Gravaram em 🔑 junho a canção "Cavalos de Corrida", mas para espanto do grupo ficou arquivada durante três meses. Américo Manuel retirou-se, cedendo o 🔑 lugar de baterista a Zé Carvalho. Participaram no programa de rádio ao vivo Febre de Sábado de Manhã, um dos principais 🔑 percursores da divulgação do rock cantado em português, em que apresentaram em playback, na primeira e única vez ao vivo, 🔑 a maqueta "Cavalos de Corrida". [23] Os novos músicos que despontavam com o rock nacional encontraram também no programa Rock Em 🔑 Stock, da Rádio Comercial, o trampolim para o reconhecimento do seu trabalho. A canção "Cavalos de Corrida" foi o primeiro grande 🔑 êxito de audiência do programa. [24] No dia 7 de junho de 1980 fizeram a primeira parte dos Uriah Heep em 🔑 Cascais,[25] e a 10 de junho o semanário Rock Week publicou na capa uma foto com o título desafiante: UHF 🔑 – O Canal Maldito. Na entrevista, conduzida pelo jornalista António Rolo Duarte, António M. Ribeiro revelava a linha ideológica da banda: rock mais 🔑 politizado, assumindo até às últimas consequências o cariz polémico e rebelde da música rock, no sentido das palavras, na expressão 🔑 cénica, na subversão do ritmo. Situamo-nos no espírito da nova esquerda europeia e as nossas preocupações para a defesa deste pequeno 🔑 mundo baseiam-se na ecologia, a ciência do futuro. [ 26 ] Basicamente, consideramo-nos o grupo português demais politizado, assumindo até às 🔑 últimas consequências o cariz polémico e rebelde da música, no sentido das palavras, na expressão cénica, na subversão do ritmo. Situamo-nos 🔑 no espírito da nova esquerda europeia e as nossas preocupações para a defesa deste pequeno mundo baseiam-se na ecologia, a 🔑 ciência do futuro. Na primeira entrevista de exposição mediática foi notória a maturidade da banda e do seu líder, opondo-se aos 🔑 discursos vulgares da maioria dos músicos da época. O cognome 'Canal Maldito' ficou e tornou-se uma constante no trajeto da banda. Em 🔑 2004, foi criado um blogue de debate musical e em 2013 Nuno Calado produziu e realizou o documentário UHF Canal 🔑 Maldito – 35 anos para o canal RTP.[27] Capa do single que lançou o boom do rock português, em 1980.[ 28 🔑 ] No dia 16 de agosto de 1980, participaram no "1º Festival Rock de Cascais" com os Skids, Tourists, Original Mirrors 🔑 e 999. [29] Fizeram a primeira parte dos três concertos dos Ramones no nosso país nos dias 22, no pavilhão Infante 🔑 de Sagres no Porto, e 23 e 24 de setembro no pavilhão Dramático de Cascais. [30] A 16 de outubro foi 🔑 finalmente lançado o single "Cavalos de Corrida", tema já conhecido em quase todo o país. Atingiu o primeiro lugar do top 🔑 nacional mantendo-se por várias semanas. [31] Só faltava um catalisador para que o rock cantado em português entrasse nas editoras e 🔑 na antena da rádio, o que viria a acontecer por ação da greve dos músicos sindicalizados descontentes com a jogo de bacará 🔑 situação profissional, situação que afetou também o Festival RTP da Canção 1980. As editoras, para evitarem o prejuízo, abriram as portas 🔑 aos grupos de rock e, em parceria com a rádio, rebentou o inevitável boom da nova música nacional. [6] A sintonia 🔑 pelo fenómeno que despontava era total, pois os músicos tinham a mesma idade dos radialistas, jornalistas e dos editores; Todos 🔑 falavam da mesma maneira. [17] De salientar que quando Rui Veloso lançou o seu álbum de estreia com o sucesso "Chico 🔑 Fininho", já os UHF tinham percorrido quase todo o país com um roteiro intenso de concertos. Antes de 1980, ao contrário 🔑 dos UHF, Rui Veloso não tem qualquer registo tanto de estrada como fonográfico,[17][32] como corroborou António M.Ribeiro:rock and roll.Também (... ) 🔑 Não se trata de avaliar o ADN da paternidade, trata-se de reconhecer o grito firme e continuado que mexe com 🔑 tudo, a diferença entre quem era e quem queria ser. Rui Veloso não esteve na génese do rock português, deram-lhe um 🔑 cognome é certo, mas a locomotiva já ia em andamento quando o 'pai' nasceu. [ 19 ] De repente todos queriam 🔑 ser como nós, a 'locomotiva de Almada' (... ) Enquanto o produtor Carlos Gomes e o Valentim de Carvalho procuravam trazer 🔑 Rui Veloso para espetáculo como um todo coerente capaz de reproduzir o disco gravado, os UHF somavam palcos e conquistavam 🔑 namoradas por este país fora.Sexo, drogas &.Também (... ) Não se trata de avaliar o ADN da paternidade, trata-se de reconhecer 🔑 o grito firme e continuado que mexe com tudo, a diferença entre quem era e quem queria ser. Rui Veloso não 🔑 esteve na génese doportuguês, deram-lhe um cognome é certo, mas a locomotiva já ia em andamento quando o 'pai' nasceu. Em 🔑 1980 os UHF realizaram o registo imbatível de 81 concertos, incluindo a participação com os UFO em Coimbra e Lisboa, 🔑 a 13 e 14 de dezembro, respetivamente. [33] Com a entrada em cena da geração do boom, os músicos e compositores 🔑 deixaram de praticar uma atividade marginal complementar de um emprego. A banda de Almada foi das primeiras a assumir-se como profissional 🔑 do rock em Portugal. [34] Antes de iniciarem a gravação do primeiro álbum, os UHF foram seduzidos por representantes de editoras 🔑 estrangeiras a optarem pela língua inglesa. A Stiff Records, pretendendo dar continuidade às novas tendências musicais da new wave, apresentou a 🔑 proposta mais convincente, abrindo as portas dos estúdios na capital britânica: "Vocês são bons, isto é novo, mas ninguém vos 🔑 percebe", afirmou o enviado inglês. No entanto, o receio de trocar o sucesso que despontava internamente pela desconhecida e exigente plateia 🔑 inglesa veio a pesar na decisão. [35] Gravaram um disco com versões em inglês dos seus êxitos que não chegou a 🔑 ser editado. A banda recusou abandonar a língua materna.[36] Em junho de 1981 lançaram o primeiro álbum de estúdio À Flor da 🔑 Pele obtendo sucesso nas faixas "Rua do Carmo", "Geraldine" e "Modelo Fotográfico". O tema "Rapaz Caleidoscópio" tornou-se o hino da geração 🔑 rebelde de 1980 e uma canção de culto. [37] Os primeiros 12 500 exemplares do álbum incluíam um single extra com 🔑 os temas "Quem irá beber comigo? (Desfigurado)" e "Noite Dentro". O primeiro tema a ser conhecido foi "Rua do Carmo" e 🔑 a jogo de bacará apresentação ao público feita com uma atuação na montra de uma loja do Chiado, com a rádio em 🔑 direto e a televisão a recolher imagens que o Telejornal exibiria nessa noite. Nunca antes em Portugal se tinha visto nada 🔑 assim. [7] O single ultrapassou as trinta semanas de permanência no top de preferências da rádio e o álbum foi premiado 🔑 com disco de ouro por vendas avultadas.[30]rock português. Canção pujante e intensa, presta homenagem à [ 38 ] Tema notável doportuguês. Canção 🔑 pujante e intensa, presta homenagem à rua do Carmo em Lisboa e celebra todo um conjunto de vida no Chiado. Problemas 🔑 para escutar este arquivo? Veja a ajuda. Logotipo clássico divulgado em 1981. Em 1980 as canções "Cavalos de Corrida" e "Chico Fininho", 🔑 de Rui Veloso, foram as responsáveis pelo início do boom e com elas o rock começou a falar de nós, 🔑 das nossas coisas, das pessoas com que nos cruzávamos todos os dias, mas seria em 1981 com "Rua do Carmo" 🔑 e "Chiclete", dos Táxi, a confirmação que algo mudara na música portuguesa, com novos músicos, autores, público identificado e indústria 🔑 rock estabelecida. O fenómeno rock português é o movimento de renovação musical mais importante do pós '25 de Abril'. [39] No dia 🔑 19 de abril participaram no segundo aniversário do programa de rádio Rock Em Stock no Pavilhão do Restelo juntamente com 🔑 os Street Kids, NZZN, Jafumega, Roxigénio, GNR e Arte & Ofício. Tocaram ainda com os Téléphone e Dexys Midnight Runners. [40] As 🔑 bandas NZZN, Xutos & Pontapés, IODO e Opinião Pública resolveram associar-se aos UHF para formarem a agência de espetáculos GRR 🔑 (Grupo Rock Reunidos) no sentido de serem defendidos de alguns pouco escrupulosos empresários musicais. Essas bandas preenchiam as primeiras partes nos 🔑 concertos dos UHF e ganhavam maior visibilidade. Como agradecimento os Opinião Pública convidaram António M. Ribeiro para produzir o álbum de estreia. [41] 🔑 No louco ano de 1981 António M. Ribeiro tornou-se 'estrela rock'. Vida veloz, acidentes de viação em busca do próximo concerto, cabelos 🔑 compridos, rebeldia, frontalidade, independência e os caminhos solitários, eram semelhanças que o aproximavam a um ícone mundial. Numa das múltiplas entrevistas 🔑 que o cantor dava, António Macedo, jornalista do semanário Se7e, questionou: "Como te sentes na pele do Jim Morrison português?" 🔑 Sem nunca ter admitido tal pretensão, o líder dos UHF passou a simpatizar com a analogia.[42] Em fevereiro de 1982 lançaram 🔑 o álbum Estou de Passagem no formato mini LP, que rapidamente conquistou o disco de prata. Foi experimentada uma sonoridade mais 🔑 leve com a presença do sintetizador. É um disco com mensagem com temas filosóficos e outros marcadamente políticos, como é o 🔑 caso do tema título e de "Notícias de El Salvador". O primeiro é o testemunho na fronteira esotérica da vida onde 🔑 tudo é precário e silencioso, enquanto o segundo fala da guerra civil que devastou aquele país entre 1980 e 1982. A 🔑 canção é interpretada pelo baixista Carlos Peres.[43][44] Desconforto na editora e o primeiríssimo álbum ao vivo (1982–1985) [ editar | editar 🔑 código-fonte ] No início de 1982, os UHF tinham um sistema empresarial envolvente que englobava escritório, relações públicas, logística e gestão 🔑 de sistemas de luz e som, que permitia à banda uma autonomia ímpar no panorama do espetáculo em Portugal. Quem fazia 🔑 a primeira parte dos concertos do grupo tinha pela primeira vez direito a um som profissional,[45] como lembrou o vocalista: 🔑 "Por exemplo, no encarte do álbum 78/82 dos Xutos & Pontapés estão lá agradecimentos aos UHF", referindo-se aos aspetos técnicos 🔑 que na altura só a banda tinha no país e que emprestava.[46] Descontentes com a pouca atenção que a Valentim de 🔑 Carvalho dava ao mediatismo da banda, decidiram quebrar o contrato de cinco anos e mudaram-se para a Rádio Triunfo, numa 🔑 transferência que cobriu as manchetes dos jornais na época, a primeira em Portugal a envolver uma grande editora. [47] A precipitada 🔑 decisão, que apesar de submetida a votação não fora tomada por unanimidade, causou desconforto na banda. Em outubro lançaram Persona Non 🔑 Grata (1982), o terceiro álbum de estúdio e o mais ferozmente rock, escrito ao longo desse verão quente e agitado. O 🔑 tema "Um Mau rapaz" reflete, a partir do título, o clima psicológico que envolvia o grupo, não só pela troca 🔑 da editora mas também pela fotografia da capa do disco em que António M. Ribeiro aparece isolado alimentando a especulação de 🔑 uma foto promocional para uma futura carreira a solo; Suspeita que nunca se confirmou. [48] Partiram em digressão passando por França 🔑 e Alemanha, no ano em que totalizaram 86 concertos. [30][49] No final de 1982, a maioria das bandas resultantes do boom 🔑 perderam-se pelo caminho, fosse por ingenuidade, falta de solidez nos projetos, escolha voluntária ou desencanto. Apesar das claras dificuldades musicais e 🔑 sociais da época, António Manuel Ribeiro, compositor e mentor da banda, conseguiu dar continuidade ao projeto sólido dos UHF.[50] "Ao longo 🔑 de três anos na Rádio Triunfo editamos três álbuns e quatro singles. Esse repertório permanece esgotado, sem edição em disco compacto 🔑 ou venda digital. Tentámos tudo para ver esses discos reeditados. É um prejuízo incalculável em termos artísticos e financeiros, uma lacuna na 🔑 carreira dos UHF por vezes utilizada para suscitar um vazio criativo que não existiu". [ 51 ] – Os UHF falam 🔑 do desconforto causado pelos equívocos da indústria musical. Na primavera de 1983 foi editado o quarto álbum de estúdio Ares e 🔑 Bares de Fronteira e a primeira edição esgotou rapidamente. É um disco sombrio em que as letras refletem, por um lado, 🔑 uma fase negativa na vida pessoal de António M. Ribeiro e, por outro, as sombras do estado da nação, a austeridade 🔑 que Portugal vivia com a nova entrada do Fundo Monetário Internacional em 1983. Tudo ficou mais caro, o custo de vida 🔑 agravou-se e a nova editora tornou-se um paraíso perdido. Ainda assim, conseguiram realizar 72 concertos. No decorrer da digressão o baixista Carlos 🔑 Peres abandonou o grupo, dando o último concerto no dia 29 de outubro, no Porto. [45] O lugar foi preenchido por 🔑 José Matos. [52] Os UHF voltaram a apostar no segundo guitarrista nos concertos ao vivo, à semelhança do que fizeram em 🔑 1979 com Alfredo Pereira. Convidaram Francis, que tinha deixado os Xutos & Pontapés, mas estaria pouco tempo na banda.[53] Em 1984 lançaram 🔑 o single de inéditos "Puseste o Diabo em Mim". O tema homónimo fala da imaginação à solta do platonismo por uma 🔑 professora, enquanto que o tema do lado B, "De Um Homem Só", é uma canção autobiográfica, um desabafo sentido sobre 🔑 o começo das confusões internas no grupo. [54] No início da primavera, Zé Carvalho sofreu um grave acidente de viação e 🔑 foi substituído temporariamente por Luís Espírito Santo. Após a convalescença acabou por deixar os UHF por incapacidade física para tocar bateria, 🔑 entrando o veterano Zé da Cadela.[55] Em maio de 1985 foi editado o álbum Ao Vivo em Almada - No Jogo 🔑 da Noite, gravado ao vivo nas noites de 23, 24 e 25 de novembro de 1984 no Centro Cultural do 🔑 Alfeite, em Almada. Foi lançado com o intuito de concluir as obrigações contratuais com a editora. Descontentes com a Rádio Triunfo, os 🔑 UHF recusaram entregar novas canções e propuseram no último ano do contrato a gravação de um disco ao vivo com 🔑 inclusão de três inéditos e é o primeiro disco de rock gravado ao vivo por uma banda nacional. [56] Houve nova 🔑 alteração com a entrada do baixista Fernando Delaere e do baterista Manuel Hippo – provenientes dos Go Graal Blues Band 🔑 – que substituíram, respetivamente, José Matos e Zé da Cadela. Meses depois António M. Ribeiro, farto da banda e das constantes discussões, 🔑 afastou-se e resolveu dar aos parceiros um mês para encontrarem outro vocalista. No entanto, as audições – que chegaram a incluir 🔑 o ex membro Carlos Peres, entre outros – não correram bem e a banda pediu a reaproximação, como recordou o 🔑 afamado vocalista: "Foi um tempo triste, em que chegava de carro sozinho com a minha namorada aos concertos por esse 🔑 país fora". [57] No final de 1985, os UHF recusaram renovar o contrato com a Rádio Triunfo. A editora decretou falência pouco 🔑 tempo depois e todo o espólio foi adquirido pela Movieplay, que bloqueou durante vários anos a reedição do material que 🔑 a banda gravou entre 1982 e 85 e impediu a utilização dessas canções também em coletâneas. [58] Ao Vivo em Almada 🔑 – No Jogo da Noite, sendo uma edição limitada e com pouca probabilidade de reedição em vinil, acabou por tornar-se 🔑 um disco raro e um dos mais caros do mercado de usados em Portugal.[51] Novo ciclo e retorno ao sucesso (1986–1996) 🔑 [ editar | editar código-fonte ] Os meandros do rock português começaram a melhorar em 1986, mas os UHF vivam uma 🔑 crise profunda que originou uma digressão com alguma instabilidade. O guitarrista Renato Gomes foi o último elemento da formação inicial a 🔑 deixar o grupo, "saturado das tantas voltas a dar neste país tão pequeno. " Em 1987 os UHF estavam sem editora 🔑 e António M. Ribeiro aventurou-se a solo, de forma discreta, aproveitando assim para renovar a banda e iniciar um novo ciclo. A 🔑 Fernando Delaere (baixo) juntaram-se o baterista Rui Beat Velez e o guitarrista Rui Rodrigues que substituíram, respetivamente, Manuel Hippo e 🔑 Renato Gomes. Na última quinzena desse ano regressaram à Alemanha para alguns concertos junto da comunidade portuguesa.[30] A 20 de abril de 🔑 1988 foi estreado o tema "Na Tua Cama" no velho Estádio da Luz, perante 120 mil pessoas, numa atuação durante 🔑 o intervalo de um jogo da Taça dos Clubes Campeões Europeus. O lançamento do single, fora do espaço da rádio e 🔑 da televisão, foi uma inovação na música portuguesa. Em junho foi lançado o quinto álbum de estúdio Noites Negras de Azul 🔑 (1988), auto produzido por António M. Ribeiro, e que foi uma aposta do A&R António Manuel Rolo Duarte que acreditou no 🔑 grupo depois de ouvir a maqueta "Na Tua Cama". Celebraram contrato de três anos com a Edisom. [59] O single ocupou o 🔑 primeiro lugar de preferências da rádio e o álbum teve entrada direta para o top de vendas. [60] É um trabalho 🔑 com forte sonoridade, e o disco mais 'negro' dos UHF, marcado pela ressaca do sucesso vivido por António M. Ribeiro no 🔑 boom do rock português no início da década de oitenta. O próprio álbum é uma retrospeção de histórias pessoais do autor 🔑 – conquistas, falhanços e revolta – notado com mais clareza nos textos das canções "Nove Anos", "Quero Estoirar", "Na Tua 🔑 Cama" e "Íntimo (regresso do inferno)". Conseguiram contornar a crise do rock nacional introduzindo algumas influências musicais da ala cinzenta do 🔑 rock alternativo, cativando assim novos fãs.[61] rock com sonoridade acústica e um dos maiores sucessos da banda. A canção revela uma história 🔑 pessoal de António Manuel Ribeiro. [ 62 ] Baladacom sonoridade acústica e um dos maiores sucessos da banda. A canção revela uma 🔑 história pessoal de António Manuel Ribeiro. Problemas para escutar este arquivo? Veja a ajuda. Logotipo da banda renovado em 1988. Durante as gravações 🔑 o baixista Fernando Delaere e o baterista Rui Beat Velez foram substituídos, respetivamente, por Xana Sin e Luís Espírito Santo. O 🔑 tema "Sonhos na Estrada de Sintra" teve a participação de Renato Gomes na guitarra elétrica e tornou-se a segunda canção 🔑 tribal dos UHF, depois de "Rapaz Caleidoscópio". [63] Para a digressão convidaram Rui Beat Velez para que o palco fosse ocupado 🔑 por dois bateristas a atuar em simultâneo. [64] No dia 9 de julho participaram no "1º Festival Rock do Benfica" juntamente 🔑 com os Saxon, Bonnie Tyler, The Wailers e Bryan Adams. [65] Em novembro lançaram o sexto álbum de estúdio Em Lugares 🔑 Incertos (1988) em que se nota a experimentação da caixa de ritmos. Em janeiro de 1989 realizaram a 13ª atuação no 🔑 mítico clube Rock Rendez-Vous, naquele que foi o último grande espetáculo com a sala esgotada antes do encerramento definitivo. O concerto 🔑 foi transmitido em direto pela estação de rádio RFM.[66] Em junho de 1989 editaram os inéditos "Hesitar", "Está Mentira à Solta" 🔑 e uma versão elétrica do tema "(Fogo) Tanto me Atrais" em maxi single. O registo incluí uma entrevista ao líder da 🔑 banda. Pedro Faro, ex-A Junção, substituiu Xana Sin no baixo elétrico e Renato Júnior foi convidado a tocar saxofone no tema 🔑 "Hesitar". [30] Em junho de 1990 foi lançado o sétimo álbum de estúdio Este Filme - Amélia Recruta com destaque para 🔑 o tema"Amélia Recruta", uma critica ao Serviço Militar Obrigatório, de dimensão colonial, que teimava permanecer em Portugal e tinha apanhado 🔑 novamente alguns músicos dos UHF. [67] O baixista Xana Sin regressou à banda e saiu Pedro Faro, e o teclista Renato 🔑 Júnior tornou-se membro integrante. Em outubro lançaram o segundo álbum ao vivo, Julho 13 (1990), gravado na noite de 13 de 🔑 julho na Incrível Almadense celebrando o Dia Mundial do Rock. Por insistência da editora o concerto reuniu em palco – pela 🔑 primeira vez depois da separação – os ex membros Carlos Peres, Renato Gomes e Zé Carvalho que marcaram o período 🔑 comercial mais lucrativo. Tocaram os emblemáticos temas "Cavalos de Corrida", "Concerto", "Rapaz Caleidoscópio" e "Geraldine". O álbum foi galardoado com disco de 🔑 prata e concluiu o contrato com a Edisom.[68] Na década de 1990 integraram o catálogo da BMG. No dia 31 de julho 🔑 de 1991, participaram no festival no Estádio José Alvalade que juntou Joe Cocker e Simple Minds. Vítimas da má organização do 🔑 festival, a atuação dos UHF apenas durou trinta minutos por imposição de uma estranha lei de submissão à organização portuguesa. Ficou 🔑 o registo do mau som e da falta de liderança dos responsáveis pelo festival.[69] "O que me chocou foi ver aquela 🔑 brutalidade humana, vizinhos inimigos dos próprios vizinhos e campos de concentração; Daí a analogia que faço com Hitler na letra. Falo 🔑 do erro dos europeus ao juntarem aquelas nações a régua e esquadro, quando canto 'Jugoslávia bonita, filha da Europa, fronteiras 🔑 malditas que o ódio devora'. " [ 70 ] – Uma guerra pela televisão narrada no tema "Sarajevo". A 25 de setembro 🔑 lançaram o oitavo álbum de estúdio Comédia Humana (1991), obtendo sucesso nos temas "Brincar no Fogo" e "De Segunda até 🔑 Sexta". É um disco trovadoresco, com a escrita a revelar o olhar e a tomada de consciência existencial quando uma guerra 🔑 lá longe no deserto é um acontecimento diário. A canção "Comédia Humana" faz uma abordagem à primeira guerra do Golfo, em 🔑 1990, narrando a barbaridade entre militares obedientes no teatro das operações e ao vivo na televisão: "A primeira vez que 🔑 uma ação militar não é fixa pela foto, mas por sequência de imagens de combate em direto pela TV", no 🔑 olhar crítico de António M.Ribeiro. [71] O guitarrista Toninho e o baixista Nuno Espírito Santo protagonizaram nova mexida na banda. Na digressão 🔑 atuaram nos Coliseus de Lisboa e Porto, respetivamente, a 7 e 8 de fevereiro de 1992, sendo o de Lisboa 🔑 gravado pelo canal RTP. Contou com as participações especiais de Jorge Palma, Zé Pedro e Lena d'Água,[72] e foi lançado o 🔑 single "Ao Vivo no Coliseu dos Recreios",[73] um bootleg em formato vinil limitado a quinze exemplares com os temas "Estou 🔑 de Passagem" e "Frágil", este, em dueto com Jorge Palma. Em 1992 o líder e fundador retomou o seu projeto a 🔑 solo e lançou o primeiro álbum de estúdio.[74] Em maio de 1993 os UHF lançaram o nono álbum de estúdio Santa 🔑 Loucura, um trabalho eclético, maturado, de que resultou uma panóplia de canções e vários sucessos com destaque para a versão 🔑 de "Menina Estás à Janela". [75] "Sarajevo" é uma canção de intervenção social que retrata a barbaridade de outra guerra que 🔑 renascia na Europa. Transmitida em direto pela televisão, o conflito revelava a luta pela independência das repúblicas que formavam a Federação 🔑 Jugoslava. [70] Ocorreu nova alteração na banda com as saídas de Toninho (guitarra) e Luís Espírito Santo (bateria) entrando, respetivamente, Rui 🔑 Dias e Fernando Pinho e o baixista Fernando Delaere regressou à banda para o lugar de Nuno Espírito Santo. Foi um 🔑 álbum bem recebido pelo público mas com fraco volume de vendas, devido à má gestão promocional da editora, uma vez 🔑 que o vídeo de promoção televisiva do tema "Menina Estás à Janela" fora atribuído à compilação de vários artistas Número 🔑 1 – que alcançou o primeiro lugar do top de vendas e aí se manteve por várias semanas – em 🔑 vez de promover o próprio álbum dos UHF. As vendas de Santa Loucura não refletiram os múltiplos concertos realizados no verão 🔑 de 1993 e a banda esteve em polvorosa com os responsáveis da BMG. O disco conquistou apenas o galardão de prata. [76] 🔑 A 11 de setembro atuaram no Estádio José Alvalade na primeira parte de Billy Idol e Bon Jovi, perante uma 🔑 plateia de 50 mil pessoas. Tocaram somente seis temas para trinta minutos de frenesim português que atingiu a apoteose na canção 🔑 "Menina Estás à Janela", entoada em coro pelo público e que fechou o alinhamento. [77] A edição do extended play temático 🔑 4 Rave Songs (1993) é uma abordagem musical ao movimento rave, que conquistou a Europa nos anos noventa, e recupera 🔑 quatro temas do álbum Santa Loucura, em que se inclui duas novas misturas de sonoridade eletrónica: "Aqui Planeta Terra" e 🔑 "Esperar Aqui Por Ti". Teve venda exclusiva nas lojas Bimotor e com edição limitada.[30]punk rock. Tornou-se um dos maiores sucessos da banda. [ 🔑 30 ] Canção popular recriada pelos UHF com sonoridade próxima do. Tornou-se um dos maiores sucessos da banda. Problemas para escutar este 🔑 arquivo? Veja a ajuda. A 17 de maio de 1995 foi lançada a primeira coletânea do grupo, intitulada Cheio (O melhor 🔑 de), com os temas regravados em ambiente acústico no Convento dos Capuchos, em Almada. O single de apresentação foram novas versões 🔑 dos clássicos "Cavalos de Corrida" e "Rua do Carmo" e o álbum apresenta cinco inéditos, caso de "Por ti e 🔑 Por Nós Dois" ou Toca-me lançado posteriormente no formato extended play. Na altura os UHF não tinham guitarrista definido e Renato 🔑 Gomes foi convidado a participar em alguns temas. A coletânea foi reeditada no ano seguinte com nova capa e cinco inéditos 🔑 no disco extra. Meses depois foi colocado nos escaparates um volume do Talento Club Mania Show, da autoria de Carlos Caseiro, 🔑 dedicado à banda de Almada. [30][78] Ainda em 1995 a BMG recuperou os álbuns Comédia Humana e Santa Loucura, de 1991 🔑 e 1993, respetivamente, e lançou Back 2 Back uma mini box set constituída por dois discos com tiragem limitada.[79] No início 🔑 de 1996, a Valentim de Carvalho editou a coletânea Cavalos de Corrida - Coleção Caravela contendo os sucessos da banda 🔑 que marcaram o rock português. [30] No mês de março foi lançada a coletânea Sarajevo - Bósnia 1996, no formato cassete, 🔑 com tiragem de 600 exemplares. Trata-se de uma oferta simbólica produzida para o contingente militar português que integrava a missão de 🔑 paz na Bósnia. Três anos depois, em 1999, a banda foi convidada a realizar um concerto de Natal na capital Sarajevo 🔑 mas foram impedidos pelo forte nevão que se fez sentir naquela zona. [70] Em outubro a Virgin Megastore, em parceria com 🔑 a BMG e a Swatch, comemorou a abertura da loja em Lisboa com o lançamento de uma caixa intitulada Virgin 🔑 Megastore - Algarve, que incluía o relógio "Algarve" e um shaped disc com o formato de um mostrador de relógio 🔑 contendo quatro bandas nacionais da editora;[80] Os UHF participaram com o inédito "Sábado (nos teus braços)", tema que faz ma 🔑 incursão pelo blues com letra em português. [81] Em novembro lançaram o décimo álbum de estúdio 69 Stereo (1996), que corroborou 🔑 o rock convencional na sonoridade dos UHF. Rui Padinha tornou-se o novo guitarrista. A canção de intevenção "O Povo do Mundo" é 🔑 um manifesto contra a 'universal estupidez consciente' do racismo, xenofobia e intolerância religiosa que tardam em desaparecer da sociedade. [82] O 🔑 tema "Foge Comigo Maria", com acústica caracterizada de Lou Reed ligth, tornando-se o maior sucesso do disco. A banda convidou Né 🔑 Ladeiras para participar na faixa "Amor Perdi".[83] Independência e consolidação da formação (1997–2009) [ editar | editar código-fonte ] Logótipo da editora 🔑 dos UHF, fundada em 1997. Atento às más experiências vividas no passado, e saturado das obrigações contratuais, António M. Ribeiro criou a 🔑 editora AM. RA Discos, no final de 1997, de forma a ter controlo sobre a jogo de bacará obra, tornando os UHF editorialmente 🔑 independentes. Antevendo o encolhimento da indústria discográfica nacional, arrastado pelo que acontecia no resto do mundo, a banda decidiu negociar apenas 🔑 a distribuição com outras editoras. [84] Com essa decisão, acrescida da intrépida atitude independente desde o início da carreira, os UHF 🔑 foram perdendo alguma exposição mediática. O líder da banda aponta o dedo a uma imprensa "que não gosta de falar de 🔑 nós e para quem as pessoas que têm sucesso e vivem de cabeça erguida são um alvo a abater. É uma 🔑 imprensa que faz apostas que saem furadas e que depois tem falta de honestidade para assumir o erro", desabafa,[85] e 🔑 recordou o fragoso percurso por si conduzido para a emancipação da banda: [ 86 ] A independência em Portugal paga-se, por 🔑 que a independência é um ato de inteligência e neste país não podemos ser inteligentes. Em 1998 celebraram vinte anos de 🔑 carreira com a edição do 11º álbum de estúdio Rock É! Dançando Na Noite, o primeiro disco da nova editora. "Quando 🔑 (dentro de ti)" foi o tema de maior sucesso, uma canção positiva que fala da força que existe esquecida nas 🔑 pessoas. A banda foi totalmente renovada com músicos mais jovens que António M. Ribeiro, o que proporcionou uma atitude musical mais coerente 🔑 no plano de trabalho. Entraram David Rossi (baixo), Marco Cesário (bateria), Jorge Manuel Costa (teclas) e António Côrte-Real, guitarrista e filho 🔑 do líder da banda. Todos colaboraram como compositores dos temas. [86] Em agosto participaram com o inédito "Laura In" na compilação Promúsica 🔑 19, numa edição da revista com o mesmo nome.[87] "Passo a passo, vamos fazendo aquilo que queremos. E muitas vezes essa independência 🔑 incomodou. Mas a independência incomoda em Portugal. Nós gostamos e precisamos das editoras – se bem que hoje temos a nossa e 🔑 trabalhamos mais com distribuidoras – mas nunca abdicamos da escolha do rumo. Pagamos com a nossa independência alguma exposição menor. " [ 🔑 88 ] – Os UHF referem a causa do mediatismo irregular da banda. No dia 25 de junho de 1999, o 🔑 grupo assinalou o vigésimo aniversário da gravação do primeiro disco com um concerto na Praça Sony no Parque das Nações, 🔑 em Lisboa, integrado nas comemorações do 'Dia Mundial de Luta Contra a Droga'. Teve as participações de Carlos Moisés e Nuno 🔑 Flores, dos Quinta do Bill, de um grupo sinfónico e dos cofundadores Renato Gomes e Carlos Peres. [89] O espetáculo teve 🔑 a edição programada da coletânea Eternamente (1999) que reúne os principais sucessos com algumas músicas a terem uma nova roupagem. O 🔑 álbum contempla, entre outros, a nova versão do clássico "Jorge Morreu", três inéditos e a versão disco de "Angie" dos 🔑 Rolling Stones. Das canções editadas entre 1982 e 1985 não foi possível integrar cinco que tinham sido escolhidas pois a editora 🔑 Movieplay, que detém o espólio da extinta Rádio Triunfo, mais uma vez, não autorizou. [30] A 18 de agosto foi editado 🔑 o extended play temático Sou Benfica (1999) de homenagem ao Sport Lisboa e Benfica. O convite para criar uma canção partiu 🔑 da claque oficial do clube e foi aceite pelo líder da banda. O disco contém dois inéditos e três versões dessas 🔑 faixas. O tema homónimo foi uma prenda que António M. Ribeiro quis dar ao pai no seu último ano de vida. [90] Tornou-se 🔑 o novo hino da modernidade do clube da Luz; Uma canção positiva, que não hostiliza os opositores nem promove a 🔑 guerra no futebol. [91] Após um período conturbado na vida pessoal, António M. Ribeiro dedicou-se, em 2000, à composição do segundo álbum 🔑 a solo que contou com a participação de Renato Gomes e de alguns músicos integrantes, entre outros convidados, com o 🔑 intuito de dar nova vida aos UHF. Em 2001 lançaram À Beira do Tejo, uma coletânea produzida exclusivamente para exportação não 🔑 estando disponível no mercado português. Foi nesse ano que os UHF conseguiram reunir a formação que viria a tornar-se a mais 🔑 consistente e duradoura: António Côrte-Real (guitarra), Fernando Rodrigues, Ivan Cristiano (bateria) e António M. Ribeiro (voz e guitarra).[15] A 6 de abril 🔑 de 2003 uma centena de artistas nacionais desfilaram, em tom de reivindicação, pelo incumprimento das quotas de transmissão de música 🔑 portuguesa nas rádios. As cidades Lisboa, Santa Maria da Feira, Coimbra e Beja, na qual atuaram os UHF, associaram-se a esse 🔑 movimento e realizaram o Mega Concerto 100% Música Portuguesa que decorreu em simultâneo nas quatro localidades. [92] Em março lançaram o 🔑 extended play Harley Jack (2003), dedicado aos adeptos das concentrações de motards e aos seus rituais de união e amizade. "Quando 🔑 estou dentro do arraial das concentrações sinto-me parte de um clube, de uma aldeia gaulesa em festa", recorda o vocalista, 🔑 adepto confesso desses festivais. Contém os inéditos "Harley Jack", "Caloira Bonita" e "Faz de Conta é um País". O disco teve edição 🔑 limitada.[93]rock. "Uma das mais belas canções de amor que escrevi, um milagre de produção em estúdio", segundo António Manuel Ribeiro. [ 94 🔑 ] Balada do enredo da ópera. "Uma das mais belas canções de amor que escrevi, um milagre de produção em estúdio", 🔑 segundo António Manuel Ribeiro. Problemas para escutar este arquivo? Veja a ajuda. Seguiu-se a edição de Sou Benfica - As Canções da 🔑 Águia (2003), a primeira coletânea dedicada ao Sport Lisboa e Benfica. Contém o inédito "Uma Luz de Paixão" composto por António 🔑 M. Ribeiro na tarde que antecedeu o último dia de vida do antigo estádio e, no dia 22 de março, deram 🔑 um concerto antes da demolição perante uma multidão emocionada. [95] Consolidada a formação da banda, celebraram os 25 anos de carreira 🔑 com o lançamento do 12º álbum de estúdio La Pop End Rock (2003), uma ópera rock autobiográfica com edição conjunta 🔑 da AM.RA Discos e EMI. É um trabalho grandioso e maturado produzido para representação cénica com orquestra, coreografia e intérpretes para 🔑 as personagens – estrutura que não chegou a ser posta em prática. O disco teve nos temas "A lágrima Caiu" e 🔑 "Os Putos Vieram Divertir-se" os maiores sucessos. O primeiro é uma canção de amor interpretada em dueto com a cantora Orlanda 🔑 Guilande, enquanto o segundo enaltece a determinação do grupo em afirmar-se no meio musical e faz uma homenagem à fiel 🔑 legião de fãs. A foto da capa do disco – uma criança – ilustra o lado naïf do início da carreira 🔑 da banda.[96][97] Em 2004 foram convidados pelo município de Porto Moniz para realizar um trabalho que homenageasse os imigrantes e o 🔑 concelho. Gravaram Voltei a Porto Moniz, um extended play com três inéditos e que não foi distribuído no circuito comercial. [98] Em 🔑 novembro lançaram o extended play Podia Ser Natal (2004) que recuperou, numa nova versão, o tema homónimo editado originalmente na 🔑 compilação de vários artistas Espanta Espíritos, em 1995. O disco foi limitado a 500 exemplares e contém os inéditos "Quarto 603" 🔑 e "Um Homem à Porta do Céu", de 1999 e 2001, respetivamente, abrindo-se as portas do arquivo histórico dos UHF. [99] 🔑 A 14 de março saiu o 13º álbum de estúdio Há Rock no Cais (2005), um trabalho em que o 🔑 amor, a relação com o Tejo, Lisboa e Almada, a crítica social e a guerra, voltaram a servir a escrita 🔑 para uma sonoridade forte que revive as origens. O maior sucesso foi "Matas-me com o Teu Olhar", em versão elétrica e 🔑 outra acústica que teve a participação de um quarteto de cordas da Orquestra Metropolitana de Lisboa. [100][101] A canção foi incluída 🔑 na banda sonora da telenovela Ninguém como Tu.[102] António Manuel Ribeiro com a banda, em 2009. Em setembro de 2006 foi reeditado 🔑 Há Rock no Cais, em duplo disco compacto e limitado a mil exemplares, que serviu para promover os concertos nos 🔑 Coliseus de Lisboa e Porto realizados a 23 de setembro e 6 de outubro, respetivamente, sendo o de Lisboa gravado 🔑 para edição em álbum de vídeo. A reedição contempla um disco extra com sete temas, entre os quais, o inédito "Deputado 🔑 da Nação" interpretado por Fernando Rodrigues e dois videoclips. [103] "Estou-me nas Tintas (primeiro os meus)" foi a faixa selecionada para 🔑 a banda sonora da telenovela Fala-me de Amor. [104] No final do ano a EMI lançou no mercado a coletânea UHF 🔑 - Grandes Êxitos EMI Gold (2006) e a 16 de abril de 2007 os UHF deram seguimento à edição das 🔑 canções guardadas no arquivo histórico e lançaram a coletânea Canções Prometidas - Raridades Vol. I (2007), contendo sete inéditos e versões 🔑 nunca antes editadas. Teve uma edição limitada de 400 exemplares numerados exclusiva para o clube de fãs com o brinde da 🔑 faixa "Coisa Boa". [105] O segundo volume, Canções Prometidas - Raridades Vol. II (2007), saiu a 24 de novembro e tem seis 🔑 inéditos e novas versões incluíndo "Grândola, Vila Morena", de José Afonso, com as participações de Vitorino, Samuel, Manuel Freire e 🔑 José Jorge Letria. [106] No dia 28 de março de 2008, iniciaram as comemorações do trigésimo aniversário com um espetáculo na 🔑 Aula Magna, em Lisboa, em que participaram Jorge Manuel Costa (piano e saxofone), Nuno Flores (violino), António Eustáquio (guitarra portuguesa) 🔑 e outros músicos que tocaram com a banda.[31] "Chamamos 'Absolutamente ao vivo' por que, quer o CD quer o DVD, não 🔑 têm maquilhagem sonora de estúdio. Não houve rectificação, retoque ou regravação de qualquer tema tocado no Coliseu. Por isso mesmo é que 🔑 acabamos por retirar quatro canções que não estavam bem. O resto está tudo lá e isto inclui as virtudes dos músicos 🔑 e até alguns defeitos. " [ 107 ] – Os UHF descrevem o terceiro álbum ao vivo. A 5 de maio de 🔑 2008 foi lançada, na série Tempo do Vinil, a coletânea UHF – Os Anos Valentim de Carvalho (2008), que reúne 🔑 a totalidade das músicas gravadas para a Valentim de Carvalho, ou seja, os álbuns À Flor da Pele (1981) e 🔑 Estou de Passagem (1982) e os singles "Cavalos de Corrida" (1980), "Quem Irá Beber Comigo? (Desfigurado)" (1981) e "Rua do 🔑 Carmo" (1981) que contém o inédito "(Vivo) Na Fronteira" no lado B. A edição veio acompanhada por um depoimento de António 🔑 M. Ribeiro recolhido pelo jornalista Rui Miguel Abreu. [108] Ainda em 2008 foram reeditados, pela primeira vez em disco compacto, os álbuns 🔑 Noites Negras de Azul e Em Lugares Incertos, ambos de 1988, celebrando os vinte anos do lançamento. No final do ano 🔑 o teclista Nuno Oliveira tornou-se membro integrante. [109] A 23 de março de 2009, os UHF lançaram no mercado o registo 🔑 no Coliseu de Lisboa em 2006, inserido na digressão "Há Rock no Cais". Foi editado nos formatos duplo disco compacto e 🔑 álbum de vídeo com o nome Absolutamente Ao Vivo e, como o título confere, é a reprodução fiel de tudo 🔑 o que aconteceu no palco. A primeira tiragem do álbum de vídeo veio acompanhada pelo single "O Tempo é Meu Amigo" 🔑 (2009), um inédito que integrou a banda sonora da telenovela Deixa que Te Leve. [107][110] No dia 10 de agosto lançaram 🔑 Eu Sou Benfica (2009), a segunda coletânea dedicada a esse emblema com participação de artistas de diversas áreas afetos ao 🔑 clube. [111] Em setembro a AM. RA Discos editou a coletânea temática Caloira Bonita 2009, preparada especialmente para a digressão das receções 🔑 ao caloiro, com temas de referência para o mundo universitário.[112] Reforço no rock de intervenção (2010–2014) [ editar | editar código-fonte 🔑 ] Em 2010 os UHF regressaram aos originais com o lançamento do 14º álbum de estúdio Porquê? É o trabalho mais 🔑 politizado com proeminência da canção de combate social, como sumarizou o autor: "Trata-se de um disco em que, entre o 🔑 amor e a canção política, o rock intervém", reforçando a linha ideológica da intervenção há muito reconhecida nos UHF. [113] Destaque 🔑 para "Cai o Carmo e a Trindade" e "Porquê (Português)", canções que responsabilizam a justiça e a medíocre classe política 🔑 pelo critico estado da nação. Assertivo, o vocalista comentou: [ 88 ] O porquê fica mesmo como a grande pergunta. Depois de todas 🔑 as discussões possíveis - económicas, financeiras, sociais, partidárias e não partidárias - há sempre uma pergunta que fica: Porquê? (... ) 🔑 O melhor da nação são os portugueses: os portugueses não são números, não são pedras, não são estradas.São pessoas! Os temas 🔑 "Vejam Bem" e "O Vento Mudou", originalmente interpretados por José Afonso e Eduardo Nascimento, respetivamente, são as versões incluídas no 🔑 álbum. É um disco positivo, sem queixumes nem lamentações, toca nos assuntos, foca certas situações muito concretas e acaba com uma 🔑 canção extremamente positiva, a puxar pelas pessoas: "Portugal (somos nós)". Em outubro iniciaram a digressão "Porquê em Portugal", percorrendo o país 🔑 com canções inquietas de alerta social que apontam rumos e apelam à consciência nacional. [110] Ainda no ano de 2010 foi 🔑 emitido pelos Correios de Portugal uma edição especial de filatelia sobre a história do rock em Portugal, da qual faz 🔑 parte o selo com a capa do álbum À Flor da Pele (1981).[114] "Eu não me dissocio do país, destas questões 🔑 sociais que vêm de fora e que se instalam cá dentro e ficam como uma doença. Neste disco, há lá uma 🔑 série de acusações sobre coisas muito concretas, por exemplo, sobre a Justiça na canção "Cai o Carmo e a Trindade". E 🔑 a canção título, que tem um vídeo a correr no YouTube, é "o porquê este naufrágio constante?" Termos o D. Sebastião 🔑 instalado todos os dias é uma coisa que me incomoda." Porquê?. [ 115 ] - O vocalista dos UHF na divulgação 🔑 do álbum O tema "Porquê Só Ela" integrou a banda sonora da telenovela Espírito Indomável. [116] Em 2011, Porquê? foi reeditado com 🔑 cinco temas extra incluíndo o inédito "Fingir, Não Sei Fingir". O clássico "Rua do Carmo" foi o sétimo tema colhido aos 🔑 UHF para integrar bandas sonoras, dessa vez, na telenovela Anjo Meu, em 2011. [117] A Tugaland e o Diário de Notícias 🔑 retomaram o projeto, iniciado em 2008, da coleção com a história das melhores bandas do pop rock português desenhadas pelos 🔑 mais prestigiados ilustradores portugueses e acompanhado por uma coletânea com os temas mais marcantes. A edição dedicada à banda de Almada, 🔑 BD Pop Rock Português - UHF (2011), foi lançada no dia 20 de maio com canções gravadas pela AM.RA Discos. O 🔑 argumento e a ilustração do livro são da responsabilidade de Pedro Brito. [118][119] Em 23 de julho foi colocado nos escaparates 🔑 a coletânea UHF - Bandas Míticas Vol. 04 (2011), uma coleção associada ao jornal Correio da Manhã sobre vinte bandas que 🔑 marcaram os últimos 50 anos da história da música portuguesa. [120] Ainda em 2011 foi lançado o single "Por Portugal Eu 🔑 Dou", "uma tomada de posição ativa a favor da coesão e da identidade cívica da nação", e foi oferecido na 🔑 compra do bilhete para os concertos de gravação do álbum ao vivo em Fafe nos dias 26 e 27 de 🔑 novembro. [115] Lançado em junho de 2012, o quarto álbum ao vivo Ao Norte Unplugged foi gravado em formato acústico no 🔑 Teatro Cinema de Fafe e, para os membros da banda, o disco é "uma celebração ao norte e a todos 🔑 os fãs anónimos que entraram e continuam a entrar para a grande família que o tempo e as canções ofereceram 🔑 ao grupo". O single de apresentação foi o clássico "Cavalos de Corrida", em versão voz e piano. [121][122] Em novembro lançaram a 🔑 coletânea Canções Prometidas - Raridades Vol. III (2012), limitada a mil exemplares, dando continuidade à revelação do arquivo histórico da banda. Contém 🔑 cinco inéditos, versões nunca antes editadas e os temas gravados ao vivo "Devo Eu" e "Três Peixes".[123] Concerto acústico de gravação 🔑 do álbum ao vivo, em Fafe, em 2012. Em 2013 celebraram o trigésimo quinto aniversário e lançaram no dia 25 de 🔑 junho o 15º álbum de estúdio A Minha Geração, classificado pelos elementos do grupo como "um disco adulto, prenhe de 🔑 rock and roll, balanceado entre Lisboa e a Califórnia, Los Angeles". Destaque para os textos de intervenção apontando fortes críticas sociais 🔑 e políticas, e para a falta de ética e seriedade dos governantes portugueses e de toda a classe política. [124] O 🔑 tema "Vernáculo (para um homem comum)", de dez minutos de duração, foi censurado pela rádio mas tornou-se o maior sucesso 🔑 do álbum. [125] Trata-se de um poema da autoria de António M. Ribeiro editado em livro em 2006. Um texto assertivo com adjetivos 🔑 provocantes inseridos num contexto de linguagem: "A confissão de um homem comum. No fundo, é aquilo que se diz na rua 🔑 e que os políticos não ouvem", refere o autor, para depois constatar, "Há anónimos que me travam o passo na 🔑 rua para elogiar a coragem dos UHF. Banida da rádio, é como um rio silencioso que engorda o caudal imparavelmente". O baixista 🔑 Fernando Rodrigues deixou o grupo no decorrer das gravações e foi substituído por Luís Simões 'Cebola'. [124] O disco foi também 🔑 editado no formato vinil com nova imagem na capa – uma pintura de António M. Ribeiro – simbolizando os verdes anos 🔑 vividos pela jogo de bacará geração, como descreve o trecho da canção título: "A minha geração/ acreditou em promessas/ engrossou a procissão/ 🔑 foi indo na conversa. "[126] Na análise do líder da banda, trata-se de um trabalho sério e requintado: [ 127 ] É 🔑 um disco de um cidadão inquieto, de um compositor e de um escritor de canções atento ao país e ao 🔑 momento que vivemos. Um disco de alguém que está muito cansado por todas as promessas que têm sido feitas ao longo 🔑 dos tempos e por este declínio constante. Portugal parece um barco a afundar que nunca mais se afunda. No decorrer da digressão 🔑 "UHF 35 anos – A Minha Geração" a banda mostrou-se extremamente desiludida com a classe política. Ponderaram terminar a carreira em 🔑 2013, lamentando não estarem acompanhados por outras bandas e artistas na denúncia social e política.[85][125] [ 124 ] Envolvente declamação musicada. Um 🔑 manifesto antipolítico que espelha o pensamento dos cidadãos portugueses. Problemas para escutar este arquivo? Veja a ajuda. Em novembro comemoraram 35 anos 🔑 da realização do primeiro concerto e fizeram uma versão da canção "Amores de Estudante" (2013), oferecida por descarga digital. [128] Nos 🔑 dias 7 e 18 de dezembro atuaram, respetivamente, no Centro Cultural de Belém e na Casa da Música, para edição 🔑 discográfica. Os espetáculos marcaram o encerramento da digressão. [129] A 8 de dezembro de 2013 o canal RTP estreou a série Os 🔑 Filhos do Rock, que recorda o início da década de 1980 e o surgimento do movimento rock cantado em português. Os 🔑 UHF são uma das bandas retratadas no decorrer dos 26 episódios. [130] Trata-se de uma série de ficção que, embora assente 🔑 em alguns factos verídicos, subverteu a verdade sobre os principais responsáveis pelo surgimento do boom do rock em Portugal ao 🔑 atribuir, sem critério histórico, a paternidade desse movimento erradamente a Rui Veloso e aos Xutos & Pontapés em prejuízo dos 🔑 UHF.António M. Ribeiro, enquanto consultor da série, fez atempadamente reparos à produção por ser abalroado diariamente por cidadãos que clamavam pela 🔑 verdade histórica das personagens.[131] No dia 6 de janeiro de 2014 foi apresentado em estreia absoluta na Rádio Renascença o inédito 🔑 "Nação Benfica", no dia em que o mundo se despediu do futebolista Eusébio. O tema só deveria ser revelado no final 🔑 do campeonato, mas António M. Ribeiro quis homenagear Eusébio nesse dia de pesar. [132] A canção foi editada no extended play Nação 🔑 Benfica, a 5 de maio de 2014, no mesmo dia em que foi também lançado o single "Era de Noite 🔑 e Levaram", versão rock da canção de José Afonso que tinha sido apresentada ao vivo no auditório da Antena 1, 🔑 na celebração dos 40 anos da Revolução de Abril. [133] Os dois lançamentos assinalaram a estreia dos UHF no mercado digital. Também 🔑 em janeiro, a Warner Music relançou a coletânea Grandes Êxitos - UHF (2014). [134] No seguimento da atitude interventiva, lançaram o 🔑 single "Os Vampiros" (2014), mais uma versão de José Afonso, tema que é uma poderosa chamada de atenção para que 🔑 nos recordemos que seremos sempre capazes de vencer os 'vampiros' de hoje, os governantes, que nos exauriram com austeridade ilegítima 🔑 e forçada e que ficam impunes à corrupção e ilegalidades praticadas. Uma canção amargamente intemporal. [135][136] A Valentim de Carvalho lançou a 🔑 coleção "Essencial", que reúne os mais consagrados artistas que gravaram para essa editora, com destaque para a coletânea UHF - 🔑 Essencial (2014).[137] No dia 24 de novembro foi lançado o quinto álbum ao vivo, Duas Noites em Dezembro (2014), que condensa 🔑 o registo dos concertos no Centro Cultural de Belém e na Casa da Música que marcaram o final da digressão 🔑 comemorativa dos 35 anos. O duplo disco comporta 28 temas com realce para algumas canções emblemáticas que não eram tocadas ao 🔑 vivo há trinta anos. Nota para o empenho patriótico em versão dramática (recitação) de António M. Ribeiro na interpretação de "Sonhos na 🔑 Estrada de Sintra", canção que serviu de amostra do álbum.[138] É um disco que reúne a força mística da palavra com 🔑 a energia possante do rock, revelando uns UHF humildes, verdadeiros e modernos, com uma linguagem viril e atualizada através de 🔑 canções que continuam com a mesma intensidade de sempre, quer lírica quer musical. [ 139 ] - O quinto álbum ao 🔑 vivo descrito pela crítica musical. 300 canções e o quadragésimo aniversário (2015–presente) [ editar | editar código-fonte ] A 29 de janeiro 🔑 de 2015 António M. Ribeiro editou em livro as 35 histórias que escreveu para a Antena 1, aquando das comemorações dos 🔑 35 anos da banda. É um documento histórico que reconhece os UHF como fundadores do movimento 'rock português' e a jogo de bacará 🔑 influência na criação da indústria rock. É também um testemunho para os jovens conhecerem parte da memória do país através de 🔑 algumas canções dos UHF. [140][141] O autor refere que é preciso unir as pontas da história e chamar as coisas pelo 🔑 nome sem pruridos ou abrangências contranatura: rock português é como está aqui factualmente apresentado: com datas, locais, acontecimentos, lançamentos discográficos. Está tudo 🔑 no livro exposto de forma matemática (... ) As histórias foram mal contadas e passaram a ser verdade. " [ 46 ] 🔑 O aparecimento doportuguês é como está aqui factualmente apresentado: com datas, locais, acontecimentos, lançamentos discográficos. Está tudo no livro exposto de 🔑 forma matemática (... ) As histórias foram mal contadas e passaram a ser verdade." A 27 de fevereiro de 2015 saiu com 🔑 a revista Blitz o disco Uma História Secreta dos UHF. Tem quatro maquetas do início da carreira, três temas registados ao 🔑 vivo, o inédito "Um MMS Teu" e recupera as versões "Amores de Estudante", de Aureliano da Fonseca e Paulo Pombo 🔑 de Carvalho, e "Os Vampiros" de José Afonso, ambas editadas no formato digital em 2013 e 2014, respetivamente.[142] "Tudo se conjugou 🔑 para este ano conseguirmos fazer a nossa coletânea global, onde estão reunidos os nossos maiores sucessos (... ) Às vezes penso 🔑 e parece que foi ontem. Nos últimos tempos temos feito muitas entrevistas e há coisas que nos vêm à memória e 🔑 que me fazem rir. Olho para trás e sorrio" [ 143 ] – O líder da banda na apresentação da coletânea 🔑 global. No início de 2015 os UHF suplantaram as trezentas canções originais editadas e deram início à digressão "UHF–300 Canções". [144] A 🔑 30 de outubro foi lançada a coletânea O Melhor de 300 Canções que celebra o trigésimo sétimo aniversário da banda, 🔑 que se assinala no mês de novembro, e são também 37 as faixas que compõem esse trabalho. No primeiro disco, O 🔑 Rock, estão reunidos 20 singles com os maiores sucessos, ao passo que no segundo, intitulado E o Roll, acrescenta 16 🔑 êxitos e o inédito "Soube Sempre que Eras Tu". É a primeira coletânea global do grupo, sem sombras editoriais, em que 🔑 são reveladas regravações de clássicos, temas ao vivo, canções nunca editadas digitalmente e recupera a versão de "Era de Noite 🔑 e Levaram" (2014) para o formato físico. O tema de apresentação foi o single-vídeo "Puseste o Diabo em Mim" numa nova 🔑 versão e filmagens que envolvem uma descida vertiginosa de skate. [145] Em dezembro de 2015 Fernando Rodrigues foi convidado a regressar 🔑 aos UHF para substituir Nuno Oliveira nas teclas. [146] No dia 30 de julho de 2016 realizaram um singular concerto no 🔑 Centro de Artes e Espectáculos (CAE) na Figueira da Foz, intitulado "UHF Sinfónico", que juntou no mesmo palco os elementos 🔑 da banda e 140 músicos da Orquestra Nacional de Jovens, sob a direção do maestro Cristiano Silva. Em outubro o concerto 🔑 sinfónico foi recriado no Forum Luisa Todi, em Setúbal, no âmbito das comemorações do dia mundial da música. [147] Nos dias 🔑 2 e 3 de dezembro realizaram dois concertos temáticos, respetivamente, no Hard Club, Porto, e Centro Cultural Olga Cadaval em 🔑 Sintra, designados por "Noites à Flor da Pele", em que foram revisitados na íntegra os álbuns À Flor da Pele 🔑 (1981) e Noites Negras de Azul (1988), e para celebrar o momento lançaram o extended play Tudo o que É 🔑 Nosso contendo três inéditos.[148] No dia 4 de julho de 2017, os UHF participaram como convidados na primeira parte do concerto 🔑 dos Deep Purple, no Meo Arena, em Lisboa. [149] A 25 de agosto saiu com a revista Blitz a coletânea Almada 🔑 79 que revela as primeiras maquetas do rock português, registadas em 1979, e ainda os temas "Caçada", gravado no Convento 🔑 dos Capuchos em 1995, e "Jorge Morreu" captado ao vivo no Centro Cultural de Belém em 2013. [150] No ano em 🔑 que passaram 30 anos da morte de José Afonso os UHF lançaram, a 27 de outubro, A Herança do Andarilho 🔑 (2017), um tributo a uma das maiores referências da música nacional. "Este disco é dar continuidade à fantástica obra que ele 🔑 nos deixou e revelar a semente herdada", revelou António M. Ribeiro, produtor do projeto, e acrecentou: "Este é um daqueles discos 🔑 que se faz uma vez na vida". São sete versões puxadas para o som ora elétrico ora acústico a que se 🔑 juntam três temas do grupo no fio condutor do legado – a herança – do mais importante cantautor português. [151][152] A 🔑 primeira amostra foi o tema "Traz Outro Amigo Também", revelada a 24 de abril de 2017 em estreia na Antena 🔑 1 na comemoração dos 43 anos da Revolução de Abril. O single "No Comboio Descendente" tem a participação de Armando Teixeira.[153][154] Renato 🔑 Gomes convidado dos UHF na Casa da Música, em 2018. As comemorações do quadragésimo aniversário arrancaram no dia 21 de janeiro 🔑 de 2018, com a digressão "40 Anos Numa Noite",[155] que teve o ponto alto nos espetáculos na Aula Magna (22 🔑 de dezembro) e Casa da Música (29 de dezembro), sendo o primeiro gravado pelo canal RTP. Nesses concertos especiais participaram Renato 🔑 Gomes, The Legendary Tiger Man, Frankie Chavez e João Pedro Pais. No dia 4 de novembro foram reeditados em disco compacto 🔑 os tão aguardados discos perdidos da Rádio Triunfo – Persona Non Grata, Ares e Bares de Fronteira e Ao Vivo 🔑 em Almada-No Jogo da Noite – editados até então apenas em vinil e sem reedição. Os três discos contemplam faixas bónus 🔑 e os inéditos lançados como lados B nos singles de promoção entre 1982 e 1985. Após ter feito uma leitura do 🔑 contrato que assinou com a editora Rádio Triunfo, António M. Ribeiro decidiu avançar para a reedição através da jogo de bacará editora AM. RA 🔑 Discos salvaguardando os direitos de quem os apresentar, "se é que hoje existe alguém, legalmente, seu detentor", disse o músico 🔑 que realçou o "prejuízo enorme que representou esta ausência dos álbuns no mercado", e concluiu "quem aparecer como legal detentor 🔑 do contrato vai ter de negociar comigo, pois neste momento deve-me dinheiro", desafiou. [156] A 15 de abril de 2019 foi 🔑 lançado o single "Hey! Hey! Bora Lá" como primeira amostra do novo álbum,[157] e no dia 1 de junho o 🔑 Museu da Cidade de Almada inaugurou a exposição "UHF Pela Estrada do Rock" comemorativa dos 40 anos da banda, que 🔑 se prolongou até 28 de setembro e que integrou testemunhos audiovisuais, cartazes e documentação, discografia, instrumentos e muitas outras peças 🔑 que contam a história da banda de Almada. [158] No dia da inauguração foi editado, no formato vinil, uma nova gravação 🔑 dos temas do extended play Jorge Morreu, comemorativo dos 40 anos do lançamento do disco de estreia da banda. A edição 🔑 mantém a mesma imagem da capa e os temas foram regravados em janeiro de 2019, com a particularidade de manterem 🔑 a mesma acústica da gravação original. [159] No encerramento da exposição a banda apresentou a reedição remasterizada do álbum Comédia Humana, 🔑 com três temas bónus e alterações na estética da capa.[160] "Estamos a descobrir portugueses no mundo inteiro, muitos são fãs dos 🔑 UHF desde pequeninos, que têm vontade de estar ligados para viver um momento feito para eles (... ) Havia necessidade de 🔑 transmitir alguma paz de espírito. Tento falar contra esse medo e esta sombra que tomou conta de nós. " [ 161 ] 🔑 – Os UHF no Momento Musical Caseiro (MMC). Em janeiro de 2020 Nuno Oliveira regressou às teclas, como convidado, e tornou 🔑 a sair Fernando Rodrigues. No dia 21 de março os UHF iniciaram o Momento Musical Caseiro (MMC) – um conceito criado 🔑 para descrever o showcase acústico e íntimo – emitido nas redes sociais a partir da casa de António M. Ribeiro durante 🔑 o confinamento da pandemia de coronavírus. Os concertos semanais prolongaram-se até 26 de setembro e, nesse dia, o espetáculo foi gravado 🔑 ao vivo. Entretanto retomados, devido ao prolongamento do Estado de Emergência. A 4 de abril a RTP anunciou a escolha da canção 🔑 "Portugal (Somos Nós)", dos UHF, para ilustrar um separador televisivo dedicado ao momento pandémico que os portugueses viveram. O tema, recuperado 🔑 do álbum Porquê (2010), foi lançado em single-vídeo com imagens recolhidas pelo canal público, para contentamento do líder da banda: 🔑 "Quando uma canção é útil, além do expectável, fico feliz como autor, muito feliz. "[161][162] No dia 23 de outubro de 🔑 2020 foi lançado o sexto álbum ao vivo Aula Magna - 40 Anos Numa Noite, data que também celebra os 🔑 40 anos do lançamento do single "Cavalos de Corrida". O duplo disco compacto recupera o concerto realizado na Aula Magna da 🔑 Reitoria da Universidade de Lisboa, no dia 22 de dezembro de 2018, e tem 20 canções. Foram extraídos quatro singles com 🔑 a participação de convidados especiais. [163][164] A 18 de dezembro foi lançado o livro, juntamente com um disco compacto, com o 🔑 título De Almada Para o Mundo. O livro reúne 52 textos de reflexão sobre a pandemia e uma entrevista em 128 🔑 páginas, e o disco ao vivo (sem público) integra onze canções gravadas no 27º miniconcerto (MMC) em 26 de setembro.[165] Em 🔑 fevereiro de 2022 o baixista Cebola foi substituído por Nuno Correia. A 4 de março foi lançado o single "Ucrânia Livre", 🔑 tema de solidariedade para com os ucranianos e condena a invasão ditada pela Federação Russa. A canção tem nova letra e 🔑 é uma readaptação ao piano de "Sarajevo (Verão de 92)" dos UHF. Os fundos obtidos pelos direitos de autor da canção 🔑 foram entregues para auxílio aos refugiados.[166][167] [ 168 ] 'Ucrânia Livre' é o meu contributo para minimizar o esforço de todos, 🔑 para que o mundo livre não esqueça que a pata cardada não pode esmagar o desígnio de um povo. Que a 🔑 canção desperte o melhor que o ser humano tem: solidariedade, amor fraterno, equilíbrio, paz. - António Manuel Ribeiro Estilo e instrumentação [ 🔑 editar | editar código-fonte ] A música dos UHF é categorizada como rock direto e espontâneo de características urbanas, produzindo também 🔑 uma sonoridade acústica e hard rock. No início da carreira corporizavam a vivência do 'estar à margem', o grito de revolta 🔑 dos jovens, dos operários e as desigualdades socais, para depois se focarem na intervenção social e na denúncia da classe 🔑 política e justiça, bem como na defesa dos cidadãos. Os UHF refletem a nação portuguesa, a nossa sociedade, ora vogando pelo 🔑 romantismo ora tomando posição em causas comuns.[32][124] "A verdade é que nós somos mais do que uma banda de rock. Nunca fizemos 🔑 canções para mastigar e deitar fora. " [ 85 ] – Os UHF distanciam-se das canções comerciais. O som inicial da banda 🔑 assentava nas raízes do punk rock. Temas simples, curtos e diretos, podendo ser ouvido em "Caçada" no disco de estreia,[90] progredindo 🔑 para o pós punk no single "Cavalos de Corrida" (1980) e no álbum À Flor da Pele (1981). Com produção de 🔑 Luís Filipe Barros e Nuno Rodrigues, as canções de À Flor da Pele são marcadas pela sonoridade de fortes guitarras, 🔑 rock puro e duro, com alguma proximidade ao new wave em certos temas e um fascínio crescente da banda com 🔑 a cultura urbana, pessoas e lugares. No álbum Estou de Passagem (1982) o grupo afastou-se ligeiramente do pós punk para experimentar 🔑 uma sonoridade mais leve com presença do sintetizador,[43] retomando de seguida o som pesado das guitarras em Persona Non Grata 🔑 (1982). Este, o álbum mais ferozmente rock, consequência da instabilidade, dúvidas e confusões internas que se instalaram no seio da banda 🔑 devido à precipitada decisão da mudança de editora. [169] Os temas de Ares e Bares de Fronteira (1983) ecoam as sombras 🔑 do estado da nação com a entrada em Portugal do Fundo Monetário Internacional, bem como uma fase negativa na vida 🔑 pessoal do líder dos UHF. Um álbum que seduz o romantismo, obscuro e melancólico com forte influência do sintetizador. [45] Em Noites 🔑 Negras de Azul (1988), com a banda totalmente renovada, António M. Ribeiro faz uma retrospeção de histórias pessoais embelezadas por pujantes 🔑 guitarras elétricas. Um disco 'negro' que reflete tempos difíceis. [61] Com Em Lugares Incertos (1988) os músicos incluem a experimentação da caixa 🔑 de ritmos e uma doutrina acústica que não se confunde com quebra de energia. [170] Ultrapassada a fase inicial os elementos 🔑 da banda deixaram de procurar referências musicais. Com estatuto consolidado, sonoridade própria e determinação, continuaram a reinventar-se em cada disco, como 🔑 referiu o vocalista:rock. [ 171 ] Há outros campos da música, por que ao fim deste tempo gostamos de ir a 🔑 outros horizontes, a outros continentes musicais. É dessa riqueza que se faz também a nossa maturidade. Ao fim deste tempo todo não 🔑 podemos ser máquinas de debitar o mesmo tipo de canções, o mesmo formato. Mas somos sempre um grupo No máxi "Hesitar" (1989) 🔑 transmitem a sonoridade de uma valsa desenfreada com aproximação ao pop rock dos anos 50, em Comédia Humana (1991) experimentam 🔑 canções pop rock e em Santa Loucura (1993) optaram por uma textura variada de sonoridades. [172] Na análise do jornalista e 🔑 crítico musical Fernando Magalhães, o álbum 69 Stereo (1996) "é rock and roll de barba rija, com cara de mau 🔑 e a piscar o olho aos anos 70, desta estereofonia na posição 69, uma das produções, com assinatura de António 🔑 Manuel Ribeiro, mais sofisticadas de sempre dos UHF". [83] Rock É! Dançando Na Noite (1998) assinala a independência total do grupo, 🔑 com som pesado das guitarras e canções curtas direcionadas para os palcos – que é a forma de vida do 🔑 grupo – refletindo uma variedade temática com participação de todos os músicos.[86] La Pop End Rock (2003) é uma ópera rock 🔑 mergulhada num puzzle de canções que revela a história da carreira do grupo. Marca o regresso ao som em quarteto com 🔑 voz, duas guitarras em carga e uma bateria "marcadamente a doer",[173] enquanto no álbum Há Rock no Cais (2005) apresentam 🔑 um som cru, despojado e mais coeso, e mantêm a simplicidade das guitarras, bateria e voz. [174] Porquê? (2010) é um 🔑 profundo trabalho de evolução com uma sonoridade solta, próxima das atuações ao vivo, expondo o rock de intervenção de uma 🔑 forma mais direta. É um disco provocante e versátil, claramente politizado, um alerta sobre a atualidade mas também um álbum de 🔑 canções de amor. [88] Foi gravado num ambiente calmo e isolado tornando-se um trabalho de união e harmonia no grupo, como 🔑 descreveu o baterista Ivan: "Aprendemos a pôr os egos de lado", enquanto o baixista Fernando afirmou que "estamos muito mais 🔑 coesos" e António Côrte-Real, guitarrista, reforçou que "a cumplicidade permite uma maior participação de todos na construção das canções". [175] Na 🔑 década de 2010 houve uma maior tendência em incluir no repertório canções de combate social, uma vertente que os UHF 🔑 assumem cada vez com mais convicção, tornando-se notório também no álbum A Minha Geração (2013). [125] Este, um disco maduro que 🔑 na análise social do líder da banda: "observa à volta e reduz certos tipos sociais a estrofes cantadas, seguindo o 🔑 exemplo que a escrita de Gil Vicente nos legou". Um álbum verrinoso e irónico transportando uma sonoridade rock vintage. [176] Os membros 🔑 da banda redefinem a musicalidade praticada: [ 177 ] Nós olhamos para os UHF, e digamos que temos uma música muito 🔑 urbana, muito elétrica, muito pesada, muito citadina. Letras e temas [ editar | editar código-fonte ]António M. Ribeiro com a banda num 🔑 concerto na Casa da Música em 2018. É autor de várias composições com forte mensagem social. O conteúdo lírico da banda é 🔑 muitas vezes trabalhado com textos autobiográficos e de intervenção social. As canções "Notícias de El Salvador", "Comédia Humana" e "Sarajevo" foram 🔑 motivadas por acontecimentos atuais do tempo. O primeiro fala da devastadora guerra civil em El Salvador,[178] enquanto o segundo faz uma 🔑 abordagem ao primeiro conflito no Golfo, relatando a barbaridade entre os homens na guerra. [179] "Sarajevo" dá continuidade ao capitalismo bélico, 🔑 dessa vez, na luta pela independência das repúblicas que formavam a Federação Jugoslava. É apresentado ao vivo como uma canção contra 🔑 todas as guerras. [70] Outros temas sociais são abordados, como a violência policial ("Caçada"), as drogas duras ("Jorge Morreu") ou o 🔑 retrato do sucesso artístico no ardil fascínio da droga ("Rumo ao Céu"). [90][180] A interrogação e o existencialismo encontraram nas letras 🔑 de "Ébrios (pela vida)" e "Suave Dança do Vento" a serenidade de Jim Morrison,[181] tornando-se mais filosófico no tema "Estou 🔑 de Passagem". [44] As dificuldades superadas no início da carreira conhecem no tema "Hey! Hey! Bora Lá" a palavra estímulo, perante 🔑 qualquer contrariedade.[182] As canções "Um Mau Rapaz", "Persona Non Grata" e "Corpo Eléctrico" formam uma trilogia e foram inspiradas nas turbulências 🔑 e conflitos internos ocorridos na banda, em 1982. [183] Dessas contrariedades acabou por acontecer o desmembramento da formação inicial, a quebra 🔑 do quarteto maravilha, abordado no tema "De um Homem Só" que faz o balanço desse período. [48] Tempo de retrospeção para 🔑 o resistente dos UHF, notado em algumas canções de Noites Negras de Azul (1988). [61] O músico recorda o mendaz comportamento 🔑 de certos agentes do espetáculo, confidenciado no texto "De um Artista",[184] para depois enfrentar as próprias interrogações com "A Última 🔑 Prova". [185] Após estabelecida uma vida imparável, veloz e atribulada, testemunhado na faixa "(Vivo) Na Fronteira",[186] os limites da lucidez foram 🔑 várias vezes ultrapassados e referidos em temas como "Rumo ao Céu (não dói nada)" ou "Do Céu ao Inferno". [187] A 🔑 forte ligação a Lisboa é vincada nos textos de "Rua do Carmo", "Noites Lisboetas" e "Apetece Namorar Contigo em Lisboa", 🔑 atualizados numa nova sensação urbana de viver, mais crítica e mais livre. [188] O repertório da banda é também preenchido pelas 🔑 incontornáveis canções de amor. Temas como "Anjo Feiticeiro", "Eu Sei Recomeçar", "Devo Eu", "Na Tua Cama" e "Juro que Tentei" foram 🔑 embelezados pela inspiração de musas ligadas ao autor,[189] enquanto que a canção tribal "Sonhos na Estrada de Sintra" propõe uma 🔑 viagem deslumbrante pela dimensão cósmica do amor. [190] "Matas-me com o Teu Olhar" demonstra o poder da poesia – tanta certeza 🔑 ancestral numa só frase – a plenitude, a paz e a cumplicidade reencontrada. [191] Em declarações à imprensa os UHF partilham 🔑 a felicidade de criar uma canção: "É o prazer da descoberta que nos move. Seja ao vivo ou em estúdio, o 🔑 chegar aqui com uma canção e vê-la crescer. É fantástico",[175] descreve o vocalista, para depois revelar a mecânica da jogo de bacará escrita: [ 🔑 14 ] Quando finalmente concretizamos que a nossa vida passa pela escrita, pela composição, descobrimos que tudo é um ato 🔑 natural, que não deve ser empurrado à força (... ) Não gosto de forçar a escrita de uma canção, ela vem 🔑 ter comigo quando chega o tempo certo. Posso estar semanas ou meses sem escrever nada e depois saem dez ou vinte 🔑 de seguida. O líder dos UHF é um repórter da atualidade que se propõe a narrar os mais variados temas da 🔑 vida das pessoas. A árdua rotina laboral de todos os dias ("Cavalos de Corrida"),[21] a pedofilia e prostituição ("Geraldine" e "Aquela 🔑 Maria"),[192] os inóspidos lares de rua ("Lisboa Hotel"),[193] a valorização do primado da vida e da ética ("Esta Dança Não 🔑 Me Interessa" ou "Aqui Planeta Terra"),[194] a teimosa permanência do serviço militar obrigatório ("Amélia Recruta"),[195] o débil e vergonhoso papel 🔑 da Justiça na luta contra a corrupção ("Cai o Carmo e a Trindade") [115] e a universal estupidez consciente do 🔑 racismo, xenofobia e intolerância religiosa ("O Povo do Mundo"),[82] são alguns exemplos do vastíssimo repertório. A comunicação entre o palco e 🔑 o público, iniciada em 1982 com o tema "Concerto", tornou-se uma prática recorrente nas atuações ao vivo denotando, já nessa 🔑 altura, uma tendência progressiva para a canção política. [196] A banda usou as digressões "Porquê em Portugal" e "UHF 35 anos 🔑 – A Minha Geração" para dar voz ao descontentamento da população na crítica pela (des) governação política, ganhando maior ênfase 🔑 nos temas "Porquê (português)" e "Vernáculo (para um homem comum)", ao mesmo tempo que indicam soluções – "Portugal (somos nós)" 🔑 e "Por Portugal Eu Dou" – canções que apontam rumos e apelam à consciência nacional. É uma banda claramente conotada de 🔑 rock de intervenção, de natureza política, facilmente reconhecido pelos seus fãs.[115] A poesia de José Afonso inspirou os UHF. A sonoridade inicial 🔑 dos UHF assentou no punk com alguma influência dos Ramones. [90] O vocalista fala dos primeiros gostos musicais: "A minha primeira 🔑 ligação à música britânica foi através dos Rolling Stones. Com o rádio de pilhas debaixo da almofada ia ouvindo aquelas vozes 🔑 mágicas e descobrindo música. " No que se fazia no seu país referiu: "Seguia a carreira do Filipe Mendes, do Quarteto 🔑 1111 e do Pop Five Music Incorporated. Os Chinchilas eram uma banda fantástica".[3] The Doors, uma das principais referências do vocalista dos 🔑 UHF. A influência do Quarteto 1111, no início dos anos 70, e o percurso poético de José Afonso, foram determinantes para 🔑 a atribuição do português na escrita das canções, reforçado com a necessidade do vocalista em comunicar com o público. [197] O 🔑 seu crescimento musical foi também acompanhado pelo folk rock dos Fairport Convention, Bob Dylan e Neil Young, permitindo-lhe contar histórias 🔑 do folk em união com a violenta explosão do punk. [90] O líder dos UHF revela admiração pela poesia punk de 🔑 Patti Smith [198] e pela simplicidade musical de Lou Reed, uma das influências, como salientou: "É uma referência da minha 🔑 geração, é um mito como o John Lennon, que me ajudou a ser músico". [199] Por outro lado, a paixão confessa 🔑 pelos Doors, associada à vida desenfreada no início da carreira, eram atributos que davam a António M. Ribeiro o direito de 🔑 ser conhecido como Jim Morrison português. [32] Foi na adolescência que os Doors bateram à porta de Ribeiro com "Light My 🔑 Fire". Descobriu depois "Hello, I Love You" e caiu definitivamente vidrado pelo som psicadélico do grupo com "Touch Me". Os UHF rapidamente 🔑 criaram uma sonoridade própria e os Doors ficaram como uma referência entre muitas que os músicos sempre têm. [200] No entanto, 🔑 o talento de José Afonso continua presente no repertório da banda, como afirmou Ribeiro: "Quando anuncio em palco uma canção 🔑 do José Afonso afirmo que um homem não morre, parte, e a obra que nos deixou prolonga a jogo de bacará existência 🔑 entre nós. É isso que queremos levar aos mais novos, canções de outro tempo que não têm data certa.Pertencem-nos. "[201] Sucintamente os 🔑 UHF referem as suas principais influências: punk, o Renato nos Genesis. Depois deu aquela mistura explosiva dos 'Cavalos de Corrida'. [ 14 ] 🔑 Se cruzar os Doors com o José Afonso e der alguma ideia, comecei por aí. O Peres estava no, o Renato 🔑 nos Genesis. Depois deu aquela mistura explosiva dos 'Cavalos de Corrida'. Álbuns de estúdio Falar dos UHF implica recuar ao final da década 🔑 de setenta para assistir ao nascimento do movimento de renovação musical 'rock português', por vezes com um tom de intervenção 🔑 social e político. [1] Desde então, a banda alcançou marcas consideráveis, vários prémios e condecorações. "Os UHF complementavam o ramalhete de forma 🔑 perfeita. O Rui Veloso era o singer-songwriter puro, os GNR a banda mais arty e os UHF o grupo de rua, 🔑 de garagem, com uma energia muito forte. " [ 3 ] – Comentário de Francisco Vasconcelos, A&R da Valentim de Carvalho. Nos 🔑 primeiros 28 anos percorreram 700 mil quilómetros, venderam mais de 1,5 milhão de discos e receberam onze discos de prata, 🔑 sete de ouro e três de platina. [202] Em junho de 2017 totalizaram 1 700 concertos. [203] O primeiro sucesso ocorreu com 🔑 "Cavalos de Corrida" (1980), considerada a canção génese do rock português, e foi o primeiro single a conquistar um galardão 🔑 por uma banda nacional nesse estilo musical;[204][31] "Passámos do oito aos 800 sem parar no 80", recorda António M.Ribeiro. [182] À 🔑 Flor da Pele (1981) foi aclamado pela crítica como um pilar do rock português e assinalou o início da idade 🔑 dourada desse movimento. [205][206] O álbum é considerado a 'Bíblia do rock português' e uma referência para novas bandas. [207] Receberam o 🔑 "Prémio da Imprensa" na categoria "Melhor agrupamento rock", pela proeza alcançada com a venda de mais de 100 mil discos 🔑 e a realização de 134 concertos num só ano, registo que foi imbatível em Portugal em 1981. [208][49] A revista Blitz 🔑 considerou À Flor da Pele como um dos "40 melhores álbuns dos anos 80 em Portugal". [209] Na digressão do álbum 🔑 Estou de Passagem (1982) atuaram no Cine Jardim no Funchal, tornando-se o primeiro grupo de rock a visitar a ilha 🔑 da Madeira. [210] São também pioneiros na edição de Ao Vivo em Almada–No Jogo da Noite (1985), o primeiro disco português 🔑 do universo rock gravado ao vivo,[56] e são a primeira banda portuguesa de rock a celebrar 40 anos de carreira 🔑 no activo.[211] "António Manuel Ribeiro nunca abdica do profissionalismo (... ) Sabe o que é preciso juntar para que as pessoas saibam 🔑 ouvir o 'Grândola Vila Morena' com os ouvidos de hoje: é um homem lúcido, resistente e cuja qualidade poética tem 🔑 vindo a melhorar de disco para disco. " [ 212 ] – Declarações de José Jorge Letria , em 2015, presidente 🔑 da Sociedade Portuguesa de Autores. "Na Tua Cama" foi uma inovação na música nacional, segundo a imprensa na época: "Pela primeira 🔑 vez, um artista lançava uma nova canção fora do espaço radiofónico ou televisivo privilegiando uma plateia de futebol"; um golpe 🔑 em marketing musical. [59] Em 1996, o jornal Público considerou 69 Stereo o melhor disco de rock do ano. [30] A 19 🔑 de setembro de 2009, após a realização de um concerto na rua do Carmo, que contou com as presenças de 🔑 Renato Gomes e da Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico, os UHF foram congratulados pelo presidente da Câmara Municipal de 🔑 Lisboa com a "Medalha de Mérito da Cidade", pela dedicação a Lisboa através de algumas canções. [213] O tema "Vernáculo (para 🔑 um homem comum)" totalizou mais de 100 mil visualizações em vídeos disponíveis na internet. Censurado pela rádio, tornou-se um manifesto anti-político. [125] 🔑 No dia 29 de outubro de 2015, a Sociedade Portuguesa de Autores atribuiu a "Medalha de Honra da SPA" a 🔑 António M. Ribeiro pelos 37 anos de carreira ininterrupta, e aos restantes elementos, numa cerimónia realizada no auditório Maestro Frederico de 🔑 Freitas, em Lisboa.[214] "Hoje, como há 40 anos, António Manuel Ribeiro, mais que o pai do rock em Portugal, continua a 🔑 determinar a matriz do som elétrico, rouco e potente que molda gerações – feito também de palavras elegantes. Que farão para 🔑 sempre sentido, então e agora, a quem partilha de agitação. "[215] – A Blitz perpetua o legado dos UHF.António M. Ribeiro é 🔑 considerado o pai do rock português e conhecido por utilizar técnicas de spoken word nas canções e poesias improvisadas enquanto 🔑 a banda continua a tocar, mostrando uma tendência notável para a lírica social e política. [215][90] Fundou em Portugal o movimento 🔑 de poesia-rock, vertente que une a fúria e a paixão vivida a cada verso e nota musical. [216] Autor da grande 🔑 maioria do repertório da banda, é um vocalista icónico, carismático e de timbre vocal único no universo rock. Enfrenta o sistema 🔑 e os poderosos procurando denunciar os podres da sociedade. É um resistente e um vencedor de várias guerras. Não existe rocker em 🔑 Portugal que tenha conseguido sobreviver a tantos conflitos, lutas, críticas e mudanças sem abdicar do seu projeto. [217] Para além de 🔑 músico é autor de vários livros: três de poesia, três em prosa e de uma antologia da banda que lidera. [218] 🔑 Renato Gomes, primeiro guitarrista dos UHF, foi eleito pela revista Blitz, em 2015, como um dos 30 melhores guitarristas portugueses 🔑 de todos os tempos. [219] Carlos Peres, primeiro baixista do grupo, é considerado pela crítica musical como um dos melhores baixistas 🔑 nacionais da jogo de bacará geração. [220] Em maio de 2020, a revista Blitz escreveu: rock fresco, possante, com letras simples e toada frenética 🔑 de guitarra, bateria, baixo e voz. Induziram uma simplicidade roca a jovens inquietos que estavam exangues de baladas revolucionárias ou açucaradas. Porque 🔑 a juventude precisava de soltar os cabelos e deseletrificar o corpo impaciente.Precisava de rock. De Ramones e de Blondie. Precisava dos 'Cavalos 🔑 de Corrida'. [ 215 ] 40 anos depois são história; eram, então,fresco, possante, com letras simples e toada frenética de guitarra, 🔑 bateria, baixo e voz. Induziram uma simplicidade roca a jovens inquietos que estavam exangues de baladas revolucionárias ou açucaradas. Porque a juventude 🔑 precisava de soltar os cabelos e deseletrificar o corpo impaciente.Precisava de. De Ramones e de Blondie. Precisava dos 'Cavalos de Corrida'. Até ao 🔑 ano de 2015 os UHF totalizaram 240 participações em diversas ações sociais e concertos de beneficência. [221] Com o álbum Este 🔑 Filme - Amélia Recruta (1990) propuseram oferecer os direitos de venda à Associação dos Deficientes das Forças Armadas mas que 🔑 gentilmente foi declinado; "Heranças que o Império tece" comentou o vocalista, não surpreendido com a recusa. [222] Em 1995 o single 🔑 "Por ti e Por Nós Dois", em parceria com a Associação Abraço, foi associado à campanha da luta contra a 🔑 SIDA. Em 2004 lançaram o disco Podia Ser Natal, com edição limitada a 500 exemplares, e entregaram à Assistência Médica Internacional 🔑 um euro por cada disco vendido – sendo os 500 euros entregues na totalidade em antecipação ao resultado das vendas 🔑 – felicitando as nobres causas dessa instituição.[223][224] Em julho de 2009 a compilação de rock norte americana da Quickstar Productions convidou 🔑 os UHF a participarem na edição Rock4Life International - Vol. 11 (2009) com o tema "Alguém (que há de chegar)", tornando-se 🔑 a primeira banda portuguesa a colaborar nessa compilação internacional que se concentra no apoio a causas filantrópicas. [225] Meses depois foram 🔑 novamente convidados a participarem na nova compilação com o tema "Matas-me Com o Teu Olhar". [226] Em 2017 os UHF fizeram 🔑 a primeira parte do concerto dos Deep Purple, em Lisboa, e doaram 10% do seu cachet aos Bombeiros Voluntários de 🔑 Pedrógão Grande, associando-se à causa a favor das vítimas dos incêndios daquela localidade. [149] A 12 de outubro de 2019, participaram 🔑 num concerto solidário para recolha de donativos a favor dos bombeiros mistos de Amora e Seixal.[227]Referências Amaro, Henrique (2017). Cento e Onze 🔑 Discos Portugueses–A Música na Radio Pública . Rua Costa Cabral, 859, 4200-225 Porto: Edições Afrontamento.236 páginas. ISBN 978-972-36-1568-5 Ribeiro, António (2005). Cavalos de Corrida–A 🔑 Poética dos UHF . Quinta da Graça, Bela Vista, 1950-219 Lisboa: Sete Caminhos.299 páginas.ISBN 989-602-073-6 Silva do Ó, Luís (2012).Book Stage . Avenida 🔑 da Liberdade 166 1º andar 1250-166 Lisboa: Chiado Editora.291 páginas. ISBN 978-989-697-762-7M. Ribeiro, António (2014). Por Detrás do Pano . Avenida da Liberdade 166 🔑 1º andar 1250-166 Lisboa: Chiado Editora.337 páginas. ISBN 978-989-51-2692-7 Rebelo, Rolando (2014). Aqui, Xutos & Pontapés. Rua Cidade de Córdova nº 2, 2610-038 Alfragide: 🔑 Oficina Livro-Leya.231 páginas. ISBN 978-989-741-203-5 I refer to all the days as "Bonus Days." Now that I am in my golden years I refer to them as "Double Bonus Days!" |